Década do envelhecimento saudável nas Américas: principais contribuições para formulações de políticas públicas
DOI:
https://doi.org/10.5965/19847246262025e0313Palabras clave:
pessoa idosa, políticas públicas, inclusão, cidades e comunidades amigáveis a pessoa idosaResumen
O processo de envelhecimento e a velhice na sociedade, tratam-se de um fenômeno multifacetado, influenciado por diversos fatores que moldam a qualidade de vida das pessoas idosas. Historicamente, a percepção sobre as pessoas idosas oscilou entre a veneração e a repugnância, todavia, atualmente, há um esforço para romper estigmas e promover a dignidade e inclusão social dessa população por meio de políticas públicas. Nesse contexto, este estudo tem como objetivo identificar as principais estratégias propostas pela Década do Envlhecimento Saudável nas Américas para a formulação e fortalecimento de políticas públicas voltadas ao envelhecimento e às pessoas idosas. A metodologia adotada é qualitativa e exploratória, utilizando documentos da OPAS /OMS disponíveis no site oficial da Década do Envelhecimento Saudável cujos, tratam acerca de políticas públicas, tanto em sua integralidade quanto em moldes parciais; como método de análise, fez-se uso da técnica de Análise de conteúdo. Os resultados destacam duas categorias principais: as estratégias para formular políticas públicas inclusivas e as fragilidades que ainda impedem a efetividade dessas políticas, como o idadismo e barreiras de acesso a serviços, espaços e sociedade. As principais estratégias incluem a transformação da percepção sobre o envelhecimento, promoção das capacidades das pessoas idosas, integração de serviços de saúde e acesso a cuidados de longo prazo. As fragilidades identificadas abrangem preconceitos idadistas, dificuldades de acesso aos serviços e falta de ambientes e sociedade efetivamente amigáveis às pessoas idosas. Assim sendo, enfatiza-se a necessidade de políticas públicas que considerem as especificidades múltiplas do envelhecimento afim de promover formas de envelhecer ativa e saudavelmente, desconstruindo barreiras sociais. A inclusão das pessoas idosas deve ser vista como fator essencial para o desenvolvimento social e cidadão na construção de uma sociedade mais justa e equitativa.
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