Um contexto social e cultural para ler os processos de desenho infantil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/2175234616382024e0007

Palavras-chave:

desenho infantil, linguagem gráfica, interação sociocultural, contexto, comunidade, arte-educação

Resumo

Este artigo faz parte de um processo de pesquisa de doutorado na área de análise e interpretação de processos e comportamentos de desenho infantil. O objetivo do texto é estudar e propor algumas questões relativas às dimensões socioculturais e psicossociais desses processos em meninos e meninas pré-escolares, em diálogo com as dimensões biológicas, antropológicas e físicas que aparecem com mais frequência nos primeiros desenhos das crianças. Pretendemos contribuir para a leitura e compreensão da linguagem gráfica pelas crianças. Nossa metodologia está inserida na pesquisa artística e imagética, pois visa estabelecer a relação entre múltiplas teorias e estudos (estado da arte) e nossas coleções de material fotográfico e videográfico que coletam observações diretas dos processos de desenho infantil (em um amplo senso). Como resultado, criamos nossas próprias questões e categorias de análise e depois as aplicamos aos processos e sua transcrição. Provisoriamente, parece-nos que as crianças pequenas são permeáveis ​​ao contexto sociocultural no ambiente próximo e imediato das interações sociais diretas durante os processos, enquanto as crianças mais velhas refletem nos seus desenhos a cultura e a sociedade da qual fazem parte e na qual têm cresceu e foi educado. Além disso, é importante salientar que esta abordagem do desenho infantil nos leva diretamente ao estudo do desenho como comportamento, como linguagem e conhecimento profundamente humano e enraizado tanto na cultura como na natureza biofísica do mundo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ANNING, A. (2002). Conversations around young children’s drawing: The impact of the beliefs of significant others at home and school. International Journal of Art and Design Education, vol 21, nº 3, 197–208.

ARNHEIM, R. (1979, 1a ed. 1954): Arte y percepción visual. Alianza Editorial.

BALDY, R. (2009). Dessine-moi un bonhomme . Universaux et variantes culturelles. Gradhiva, 9

BARD, K. (2008). Understanding reflections of self and other objects. In C. Lange-Küttner & A. Vinter (Eds.), Drawing and the Non-Verbal Mind: A Life-Span Perspective. Part I: Self, Symbols and Intention (pp. 23-41). Cambridge: Cambridge University Press. doi:10.1017/CBO9780511489730.002

BROOKS, M.L. (2003a). Drawing to Learn. Young Children: beyond the journal, September. Washington: National Association for the Education of Young Children. Available at: http://www.journal.naeyc.org/btj/200309

BROOKS, M.L. (2003b) Drawing, Thinking, Meaning, TRACEY [an electronic journal about contemporary drawing issues]. Loughborough: University of Loughborough. Available at: http://www.lboro.ac.uk/ departments/ac/tracey/thin/brooks.html

BROOKS, M. (2005). Drawing as a unique mental development tool for young children: interpersonal and intrapersonal dialogues.- Contemporary Issues in Early Childhood, Vol. 6, nº 1, University of New England, Armidale, Australia.

CHANGEUX, J.P. (1997). Razón y placer. Barcelona, Tusquets.

COHN, N. (2012). Explaining “I can’t draw”: Parallels between the structure and development of language and drawing. Human Development. 55(4): 167-192

COX, M. (1998). Drawings of people by Australian Aboriginal children: The intermixing of cultural styles. Journal of Art and Design Education, 17(1), 71–79.

COX, M., Perara, J., & Fan, X. (1999). Children’s drawing in the UK and China. Journal of Art and Design Education, 18(2), 173–181.

COX, M., KOYASU, M., HIRANUMA, H. & PERARA, J. (2001). Children's human figure drawings in the UK and Japan: The effects of age, sex, and culture. British Journal of Developmental Psychology, 19(2), 275–292. https://doi.org/10.1348/026151001166074

FEIN, S. (1993). First Drawings: Genesis of Visual Thinking. Pleasant Hill. CA: Exelrod Press

GOLOMB, C. (2004). The Child's Creation of A Pictorial World. New York: Psychology Press Taylor & Francis Group (formerly published by the University of California Press, Berkeley and Los Angeles, 1992) 340-341

GOMEZ MOLINA, J.J. (coord.) (1995): Las lecciones del dibujo. Madrid: Cátedra.

HAUSER, A. (2004): Historia social de la literatura y del arte. Debolsillo. (1a edición: 1951)

JOLLEY, R. P. (2010). Children and pictures: Drawing and understanding. West Sussex, U.K.: Wiley – Blackwell.

KELLOGG, R. (1979, 1981). Análisis de la expresión plástica del preescolar. Madrid: Cincel-Kapelusz.

MATTHEWS, J. (2002). El arte de la infancia y de la adolescencia. Col. Arte y educación. Barcelona, Paidós. (1ª ed. 1999)

PAGET, G.W. (1932). Some drawings of men and woman made by children of certain non-European races. Journal of the Royal Anthropological Institute, 62, 127-144

ROSS, J. (2008). Drawing production, drawing re-experience and drawing re-cognition. In C. Lange-Küttner & A. Vinter (Eds.), Drawing and the Non-Verbal Mind: A Life-Span Perspective. Part I: Self, Symbols and Intention (pp. 42-62). Cambridge: Cambridge University Press. doi:10.1017/CBO9780511489730.003

WILLATS, J. (2005). Making sense of children's drawings. Lawrence Erlbaum Associates Publishers.

WILSON, B., WILSON, M. & HURWITZ, A. (2004). La enseñanza del dibujo a partir del arte. Barcelona, Paidós.

WILSON, B. & WILSON, M.(1979). Figure Structure, Figure Action, and Framing in Drawings by American and Egyptian Children. Studies in Art Education, 21(1) DO - 10.2307/1319502

WOLFF, J. (1998). La producción social del arte. Akal. (1ª ed. 1981)

YAMAGATA, K. (1997). Representational activity during mother-child interaction: The scribbling stage of drawing. British Journal of Developmental Psychology, 15, 355-366

Downloads

Publicado

2024-04-09

Como Citar

CALBÓ I ANGRILL, Muntsa; PANADÈS, Imma. Um contexto social e cultural para ler os processos de desenho infantil. Palíndromo, Florianópolis, v. 16, n. 38, p. 1–28, 2024. DOI: 10.5965/2175234616382024e0007. Disponível em: https://www.periodicos.udesc.br/index.php/palindromo/article/view/24540. Acesso em: 1 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos Seção temática