As transformações do organicismo e do conceito de motivo na teoria schenkeriana

Autores/as

  • Rafael Fortes Universidade Federal do Piauí (UFPI)

DOI:

https://doi.org/10.5965/2525530406032021149

Palabras clave:

Análise Schenkeriana, teoria musical, filosofia da música, epistemologia

Resumen

Este artigo elabora uma leitura sobre a trajetória da teoria schenkeriana: das reflexões sobre a linguagem e a genealogia da música no artigo de 1895, Der Geist der Musikalischen Technik, até a expressão derradeira de sua metodologia analítica em 1935, em Der Freie Satz. Reúne as questões que motivaram o desenvolvimento dessa teoria, dando especial enfoque às transformações do conceito de motivo e das metáforas organicistas. Observa como esses dois aspectos são desenvolvidos conjuntamente ao longo de 40 anos de produção teórica, demonstrando a íntima conexão entre aspectos técnicos e teóricos. A resolução de problemas, como a causalidade musical e a associação de ideias em sua teoria, é investigada à luz desses aspectos, motivando reflexões epistemológicas e filosóficas sobre o desenvolvimento da complexa musicologia de Schenker. Na exposição desta trajetória, o artigo se depara com diversas questões-chave que compreendem e antecipam o posterior desenvolvimento do método que denominamos hoje em dia como Análise Schenkeriana. Busca-se, com essa exposição, fomentar um diálogo mais complexo da teoria schenkeriana, tanto com o neo-schenkerianismo quanto com correntes do pensamento além do âmbito musicológico.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Rafael Fortes, Universidade Federal do Piauí (UFPI)

Professor adunto na Universidade Federal do Piauí (UFPI). Doutor em Musicologia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO, 2016-2020). Mestre em Música na área de poéticas da criação musical pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ, 2014-2016). Graduado em Música com especialização em composição pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO, 2010-2013).

Citas

AGAWU, Kofi. Schenkerian Notation in Theory and Practice. Music Analysis, v. 8, n. 3, p. 275-301, 1989.

BOUCQUET, Kristof. Schenker and Schoenberg revisited. Revue Belge de Musicologie, v. 59, p. 193-203, 2005.

COHN, Richard. Schenker’s Theory, Schenkerian Theory: Pure Unity or Constructive Conflict? Indiana Theory Review, n. 13, v. 1, p. 1-19, 1992.

COHN, Richard; DEMPSTER, Douglas. Hierarchical Unity, Plural Unities. In: BERGERON,

Katherine; BOHLMAN, Philip V. (ed.). Disciplining Music. Chicago: Chicago University Press, 1992. p. 156-181.

COOK, Nicolas. The Schenker project: Culture, Race, and Music Theory in Fin-de-siècle Vienna. Oxford: Oxford university press, 2007.

FINK, Robert. Going flat: Post-Hierarchical Music Theory and the Musical Surface. In: Rethinking Music. Ed. COOK, Nicholas and EVERIST, Mark, Oxford: Oxford University Press, 2001.

FLESHNER, Nathan. The Musical Psyche: Interactions Between the Theories of Heinrich Schenker and Sigmund Freud. Tese (Doutorado em Música) – Department of Music Theory, Eastman School of Music, University of Rochester, Rochester, 2012.

FORTE, Allen. Schenker’s conception of music structure. Journal of Music Theory, v. 3, n. 1, p. 1-30. 1959

FORTES, Rafael. A estrutura orgânica da música na teoria schenkeriana. Tese (Doutorado em Música). Programa de Pós-Graduação em Música, Centro de Letras e Artes, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2020a.

FORTES, Rafael. Estratégias de expansão da Teoria Schenkeriana a partir da música de Igor Stravinsky. Debates Unirio, n. 24, p.74-118, out. 2020b.

KORSYN, Kevin. Schenker’s organicism reexamined. Intégral, v. 7, p. 82-118, 1993.

MORGAN, Robert. Music theory, analysis and society: selected essays. London; New York: Routledge, 2016.

PASTILLE, William. Heinrich Schenker: anti-organicist. 19th-Century Music, v. 8, n. 1, p. 29- 36, 1984.

PASTILLE, William. Schenker’s value judgments. Journal of the Society of Music Theory, v. 1, n. 6, 1995.

PASTILLE, William; CADWALLADER, Allan. Schenker’s High-level motives. Journal of Music Theory, v. 36, n. 1, p. 119-148, 1992.

ROTHSTEIN, William. The Americanization of Heinrich Schenker. In: Schenker Studies. Ed. Hedi Siegel, New York: Cambridge Univ. Press, p. 193-203, 1990.

SCHENKER, Heinrich. Harmony. Chicago: Chicago university Press, 1968 [1906].

SCHENKER, Heinrich. Five Graphic Music Analysis. New York: Dover, 1969 [1932].

SCHENKER, Heinrich. Free composition. New York: Schimmer Books, 1979 [1935].

SCHENKER, Heinrich. The spirit of musical technique [Der Geist der Musikalischen Technik, 1895]. Trad. William Pastille. In: Heinrich Schenker: anti-organicist. 19th-Century Music, v. 8, n 1, p. 29-36, 1984 [1895].

SCHENKER, Heinrich. Counterpoint: a Translation of Kontrapunkt. New York: Schimmer Books, 1987a [1910]. v. 1.

SCHENKER, Heinrich. Counterpoint: a Translation of Kontrapunkt. New York: Schimmer Books, 1987b [1922]. v. 2.

SCHENKER, Heinrich. Der Tonwille: pamphlets in witness of the immutable laws of music. Oxford: Oxford University Press, 2004 [1921-1923]. v. 1, issues 1-5.

SCHENKER, Heinrich. Der Tonwille: pamphlets in witness of the immutable laws of music. Oxford: Oxford University Press, 2005 [1923-1924]. v. 2, issues 6-10.

SCHENKER, Heinrich. The decline of the art of the composition: a Technical-Critical Study. Music Analysis, v. 24, n. 1/2, p. 33-129, 2005 [1905].

SCHENKER, Heinrich. The spirit of musical technique [Der Geist der Musikalischen Technik, 1895]. Trad. William Pastille. In: COOK, Nicolas. The Schenker project: Culture, Race, and Music Theory in Fin-de-siècle Vienna. Oxford: Oxford university press, 2007 [1895]. p. 319-332.

SCHENKER, Heinrich. The Masterwork in Music. Ed. William Drabkin. New York: Dover, 2014a [1925]. v. 1.

SCHENKER, Heinrich. The Masterwork in Music. Ed. William Drabkin. New York: Dover, 2014b [1926]. v. 2.

SCHENKER, Heinrich. The Masterwork in Music. Ed. William Drabkin. New York: Dover, 014c [1930]. v. 3.

SCHENKER, Heinrich. Piano sonata in A major, op. 101: Beethoven’s last piano sonatas, an edition with elucidation, volume 4. Trad. John Rothgeb. Oxford: Oxford University Press, 2015 [1921].

SOLIE, Ruth. The Living Work: Organicism and Musical Analysis. 19th-Century Music, n. 4, v. 2, p. 147-156, 1980.

WATKINS, Holly. Metaphors of Depth in German Musical Thought (from E.T.A. Hoffman to Arnold Schoenberg). Cambridge: The Cambridge University Press, 2011.

WATKINS, Holly. Toward a post-humanist organicism. Nineteenth-Century Music Review, 14, p. 93-114, 2017.

WATKINS, Holly. Musical vitalities: ventures in a biotic aesthetics of music. Chicago: The University of Chicago Press, 2018.

Publicado

2021-10-14

Cómo citar

FORTES, Rafael. As transformações do organicismo e do conceito de motivo na teoria schenkeriana. Orfeu, Florianópolis, v. 6, n. 3, 2021. DOI: 10.5965/2525530406032021149. Disponível em: https://www.periodicos.udesc.br/index.php/orfeu/article/view/19554. Acesso em: 10 jun. 2024.