Respostas morfofisiológicas de cultivares de triticale em competição com plantas daninhas
DOI:
https://doi.org/10.5965/223811712432025429Palavras-chave:
Triticosecale Wittmack, Lolium multiflorum, Raphanus raphanistrum, interação de plantasResumo
O triticale é um cereal que vem sendo utilizado na alimentação humana ou animal. Entretanto, as plantas daninhas, especialmente o azevém (Lolium multiflorum), o nabo e a nabiça (Raphanus raphanistrum e R. sativus) podem reduzir a produtividade e a qualidade dos grãos. Neste contexto, objetivou-se com o trabalho avaliar a habilidade competitiva das cultivares de triticale (BRS Ulisses, BRS Minotauro, Embrapa 53 e BRS Resoluto) na presença das plantas daninhas, azevém e nabo, pelo método de arranjo em série de substituição. Foram instalados 14 experimentos em delineamento de blocos casualizados, com quatro repetições. Os tratamentos consistiram em diferentes proporções da cultura e das plantas daninhas (100:0, 75:25, 50:50, 25:75 e 0:100%) com 24:00; 18:6; 12:12; 6:18; 0:24 plantas vaso-1. A análise da competitividade das espécies foi efetuada através de diagramas aplicados a experimentos substitutivos e também pelos índices de competitividade relativa. Aos 50 dias após a emergência das espécies, realizou-se a aferição da altura, área foliar, trocas gasosas e massa seca da parte aérea das plantas da cultura e dos competidores. Ocorreu competição entre as cultivares de triticale na presença de azevém e nabo com prejuízo mútuo às espécies envolvidas na comunidade. Há equivalência nos mecanismos de competição e na demanda pelos recursos do ambiente entre a cultura e as plantas daninhas. No geral, as variáveis fisiológicas foram afetadas de forma negativa conforme houve incremento da densidade das plantas daninhas. A competição interespecífica causa maior prejuízo para as variáveis morfofisiológicas das espécies do que a intraespecífica.
Downloads
Referências
AGOSTINETTO D et al. 2013. Habilidade competitiva relativa de milhã em convivência com arroz irrigado e soja. Pesquisa Agropecuária Brasileira 48: 1315-1322.
AGOSTINETTO D et al. 2017. Metabolic activity of wheat and ryegrass plants in competition. Planta Daninha 35: e017155463.
ANDREW IKS & STORKEY J. 2017. Using simulation models to investigate the cumulative effects of sowing rate, sowing date and cultivar choice on weed competition. Crop Protection 95: 109-115.
BALDESSARINI R et al. 2020. Morphophysiological responses of wheat cultivars in competition with diploid and tetraploid ryegrass. Journal of Agricultural Studies 8: 546-568.
BALEM R et al. 2021. Controle de nabo e azevém em trigo com herbicidas pós-emergentes. Revista de Ciência e Inovação 6: 45-56.
BIANCHI MA et al. 2006. Proporção entre plantas de soja e plantas competidoras e as relações de interferência mútua. Ciência Rural 36: 1380-1387.
CHAUDHARI S et al. 2019. Turnip tolerance to preplant incorporated trifluralin. Weed Technology 33: 123-127.
CHAUHAN BS. 2020. Grand challenges in weed management. Frontiers in Agronomy 1: 1-4.
CONAB. 2025. COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO. Acompanhamento da safra brasileira de grãos. Disponível em: https://www.conab.gov.br/info-agro/safras/graos/boletim-da-safra-de-graos). Access: 20 Jan. 2025.
CONCENÇO G et al. 2018. Statistical approaches in weed research: choosing wisely. Revista Brasileira de Herbicidas 17: 45-58.
COSTA LO & RIZZARDI MA. 2015. Competitive ability of wheat in association with biotypes of Raphanus raphanistrum L. resistant and susceptible to ALS inhibitor herbicides. Ciência e Agrotecnologia 39: 121-130.
CQFS-RS/SC. 2016. Comissão de Química e Fertilidade do Solo. Manual de adubação e calagem para os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. 11.ed. Porto Alegre. 376p.
DUSABUMUREMYI P et al. 2014. Narrow row planting increases yield and suppresses weeds in common bean, Phaseolus vulgaris L. in a semi-arid agro-ecology of Nyagatare, Rwanda. Crop Protection 64: 13-18.
EHRAMPOOSH A et al. 2025. Intelligent weed management using aerial image processing and precision herbicide spraying: An overview. Crop Protection 194: 107206.
FACCINI N et al. 2023. Triticale in Italy. Biology 12: 1-14.
FLESSNER ML et al. 2021. Potential wheat yield loss due to weeds in the United States and Canada. Weed Technology 35: 916-923.
FRANZ E et al. 2020. Habilidade competitiva de cultivares de canola em competição com o nabo / Competitive ability of canola cultivars in competition with turnip. Brazilian Journal of Development 6: 82507-82523.
GALON L et al. 2011. Habilidade competitiva de cultivares de cevada convivendo com azevém. Planta Daninha 29: 771-781.
GALON L et al. 2017. Competitive relative ability of barley cultivars in interaction with turnip. Planta Daninha 35: e017164016.
GOLAN G et al. 2024. Agroecological genetics of biomass allocation in wheat uncovers genotype interactions with canopy shade and plant size. New Phytologist 242: 107–120.
HEAP I. 2025. The international survey of herbicide resistant weeds. Disponível em: http://www.weedscience.org/. Access: 05 Fev. 2025.
JASTRZĘBSKA M et al. 2023. Is diversified crop rotation an effective non-chemical strategy for protecting triticale yield and weed diversity? Agronomy 13: 1589.
KUMAR V et al. 2025. Weed management indices and their relevance in weed science research. International Journal of Plant & Soil Science 37: 21-27.
LAMEGO FP et al. 2013. Habilidade competitiva de cultivares de trigo com plantas daninhas. Planta Daninha 31: 521-531.
MARIO RB et al. 2024. 2,4-D and saflufenacil application time on the quality of Italian ryegrass (Lolium multiflorum) seeds. Ciência Rural 54: e20230580.
MWENDWA JM et al. 2022. Evaluation of barley cultivars for competitive traits in Southern New South Wales. Plants 11: 362.
PANDOLFO C et al. 2013. Limited occurrence of resistant radish (Raphanus sativus) to AHAS-inhibiting herbicides in Argentina. Planta Daninha 31: 657-666.
PIERIK R & BALLARÉ CL. 2021. Control of plant growth and defense by photoreceptors: from mechanisms to opportunities in agriculture. Molecular Plant 14: 61-76.
PIES W et al. 2019. Habilidade competitiva de cevada em convivência com densidades de azevém. Revista Brasileira de Ciências Agrárias 4: 1-6.
RAMOS AR et al. 2021. Dry matter productivity and bromatological quality of ryegrass genotypes cultivated in Southern Brazil. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia 73: 247-255.
RUBIN RS et al. 2014. Habilidade competitiva relativa de arroz irrigado com arroz-vermelho suscetível ou resistente ao herbicida imazapyr+ imazapic. Arquivos do Instituto Biológico 81: 173-179.
SADRAS V & CALDERINI D. 2020. Crop Physiology - Case Histories for Major Crops. New York: Academic Press. 778p.
SOUZA JRP & VELINI ED. 1997. Efeitos da cultura da cevada e de períodos de controle sobre o crescimento e produção de sementes de Raphanus sativus L. Planta Daninha 15: 97-103.
STRECK EV et al. 2018. Solos do Rio Grande do Sul. 3. ed., rev. e ampl. Porto Alegre: Emater/RS-Ascar. 252p.
TAVARES LC et al. 2019. Criteria for decision making and economic threshold level for wild radish in wheat crop. Planta Daninha 37: e019178898.
TAROUCO CP et al. 2016. Habilidade competitiva da cultivar de trigo Fundacep Horizonte sob convivência com o azevém. Pesquisa Agropecuária Gaúcha 22: 1-13.
TIRONI SP et al. 2014. Época de emergência de azevém e nabo sobre a habilidade competitiva da cultura da cevada. Ciência Rural 44: 1527-1533.
YAMAUTI MS et al. 2011. Interações competitivas de triticale (Triticum turgidosecale) e nabiça (Raphanus raphanistrum) em função da população e proporção de plantas. Planta Daninha 29: 129-135.
ZHU F. 2018. Triticale: Nutritional composition and food uses. Food Chemistry 241: 468-479.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Autores e Revista de Ciências Agroveterinárias

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os autores que publicam nesta revista estão de acordo com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista os direitos autorais da primeira publicação, de acordo com a Creative Commons Attribution Licence. Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons do tipo atribuição BY.
b) Autores têm autoridade para assumir contratos adicionais com o conteúdo do manuscrito.
c) Os autores podem fornecer e distribuir o manuscrito publicado por esta revista.
Dados de financiamento
-
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Números do Financiamento 312652/2023-2 -
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Números do Financiamento 406221/2016-2 -
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul
Números do Financiamento 24/2551-0001003-3 -
Financiadora de Estudos e Projetos
Números do Financiamento 0752/13


