Arquitetura de raízes de mudas de goiabeira (Psidium guajava L.) obtido através de propagação vegetativa por estacas herbáceas
DOI:
https://doi.org/10.5965/223811712442025713Palavras-chave:
Goiaba, Sistema radicular, Cortes basais, LesõesResumo
Em goiabeira, a propagação assexuada por estacas é uma técnica comum na busca pela obtenção de mudas de alta qualidade pois garante maior uniformidade e menor período juvenil. Para o estabelecimento das estacas, o processo de desdiferenciação é fundamental para formação das raízes sendo que as lesões na base da estaca podem influenciar o resultado final. Portando, objetivou-se com o presente trabalho avaliar a arquitetura do sistema radicular de goiabeira da variedade ‘Tailandesa’ em função de diferentes tipos de cortes basais da estaca. Para o ensaio, estacas de goiabeira da variedade ‘Tailandesa’ foram submetidas a quatro tipos de cortes basais (cunha invertida, cunha normal, corte em bisel e corte reto), tratadas com ácido indolbutírico (AIB 6000ppm) e delineadas em blocos ao acaso. As estacas foram submetidas as seguintes avaliações aos 49 e 70 dias após a implantação: massa fresca e seca da parte aérea e radicular, número, comprimento, volume, diâmetro e ângulo de inserção das raízes. As estacas de goiabeira tiveram 100% de sobrevivência nas condições do ensaio e o corte em cunha invertido, no geral, teve desempenho superior devido à sua maior área de corte, permitindo maior exposição dos tecidos meristemáticos ao processo de desdiferenciação. Portanto, conclui-se que o corte em cunha invertida é superior aos demais por apresentar maior número de raízes, comprimento de raízes, massa fresca de raízes na primeira época e maior massa de matéria seca de raízes na segunda época.
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