Efeito do polietilenoglicol e do nitrato de prata na conservação in vitro de Manihot esculeta Crantz

Resumo

A mandioca (Manihot esculenta Crantz) desempenha um papel fundamental na agricultura brasileira, mas a sua variabilidade genética está ameaçada, exigindo estratégias eficientes de conservação. Este estudo teve como objetivo avaliar o impacto do polietilenoglicol (PEG) e do nitrato de prata (AgNO₃) na conservação in vitro da variedade regional ‘Amarelona’, visando identificar concentrações que favoreçam a manutenção da viabilidade e crescimento controlado das plantas. Foram aplicadas quatro concentrações de PEG (5, 10, 20 e 40 g/L) e duas de AgNO₃ (5 e 10 mg/L), além de um controle, em um experimento com sete tratamentos e 24 repetições, conduzido por até 180 dias. As análises incluíram altura da parte aérea, número de folhas e brotos, comprimento da raiz e massa fresca e seca das partes aérea e radicular. Os resultados mostraram que a concentração de 10 g/L de PEG foi a mais eficiente para manter o crescimento vegetativo com viabilidade a longo prazo, enquanto doses mais elevadas levaram à inibição e senescência. Já o AgNO₃, em ambas as concentrações, apresentou efeitos negativos, resultando na morte das plantas ao longo do experimento. Conclui-se que o PEG a 10 g/L é uma solução promissora para a conservação in vitro da mandioca, garantindo a manutenção da viabilidade, enquanto o uso de AgNO₃ nas concentrações testadas comprometeu severamente a vitalidade das plantas.