
Da fratura ao religare: Técnica Silvestre e ecopoéticas do corpo diante da crise ecológico-colonial
Ana Beatriz Coutinho Rezende
Florianópolis, v.3, n.56, p.1-21 dez. 2025
Da fratura ao religare: Técnica Silvestre e ecopoéticas do corpo diante da crise ecológico-
colonial1
Ana Beatriz Coutinho Rezende2
Resumo
O artigo analisou a Técnica Silvestre como uma ecopoética dialógica entre corpo, arte e
cosmos, evidenciando como a corporeidade atua como memória, território e possibilidade.
Investigou-se a relação entre corpo, cultura e natureza frente ao Antropoceno e ao
Capitaloceno, mostrando que saberes africanos, afro-diaspóricos e indígenas se destacam
como respostas ancestrais às perguntas contemporâneas. A pesquisa destacou que as artes
não apenas expressam cultura, mas participam ativamente na formação de
cosmopercepções e valores civilizatórios. Assim, apontam-se as artes vivas como
laboratórios de resistência e dispositivos de construção de mundos sustentáveis, éticos e
interdependentes.
Palavras-chave: Técnica Silvestre. Ecopoética. Ecologia Crítica. Saberes tradicionais. Estudos
culturais.
From fracture to religare: Silvestre's technique and eco-poetics of the body in the face of the
ecological-colonial crisis
Abstract
The article analyzed the Silvestre Technique as a dialogical ecopoetics between body, art,
and cosmos, highlighting how corporeality acts as memory, territory, and possibility. It
investigated the relationship between body, culture, and nature in the face of the
Anthropocene and Capitalocene, showing that African, Afro-diasporic, and indigenous
knowledge stand out as ancestral responses to contemporary questions. The research
highlighted that the arts not only express culture, but also actively participate in the
formation of cosmoperceptions and civilizational values. Thus, the living arts are pointed out
as laboratories of resistance and devices for building sustainable, ethical, and interdependent
worlds.
Keywords: Silvestre Technique. Ecopoetics. Critical Ecology. Traditional knowledge. Cultural
studies.
De la fractura a lo religare: Técnica Silvestre y ecopoéticas del cuerpo ante la crisis ecológica-
colonial
Resumen
El artículo analizó la Técnica Silvestre como una ecopoética dialógica entre cuerpo, arte y
cosmos, poniendo de manifiesto cómo la corporeidad actúa como memoria, territorio y
posibilidad. Se investiga la relación entre cuerpo, cultura y naturaleza frente al Antropoceno
y el Capitaloceno, mostrando que los conocimientos africanos, afrodiaspóricos e indígenas
se destacan como respuestas ancestrales a las preguntas contemporáneas. La investigación
evidenció que las artes no solo expresan la cultura, sino también participan activamente en
la formación de cosmovisiones y valores civilizatorios. Así, se señalan las artes vivas como
laboratorios de resistencia y dispositivos de construcción de mundos sostenibles, éticos e
interdependientes.
Palabras clave: Técnica Silvestre. Ecopoética. Ecología Crítica. Sabidurías tradicionales.
Estudios culturales.
1 Revisão ortográfica, gramatical e contextual do artigo realizada por Paulo Roberto Nascimento Oliveira. Mestrando em
linguística pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), no campo de linguagem e cognição. Graduação em Letras
Português e Espanhol pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). paulo.roberto19@unifesp.br
http://lattes.cnpq.br/4828668996180036 https://orcid.org/0009-0008-0090-3855
2 Mestranda em Filosofia-Estudos Culturais pela Universidade de São Paulo (USP/EACH). Especialização lato sensu em
Psicologia Social e Antropologia pela Faculdade Metropolitana. Graduação em Serviço Social pela Universidade Estadual do
Norte do Paraná (UENP). anaimani@usp.br
http://lattes.cnpq.br/4101911909281895 https://orcid.org/0009-0003-9448-5685