Disputas Políticas no Rock Brasileiro em Tempos de Bolsonarismo: desmistificando a Inerência Progressista do Rock a partir de Douglas Kellner

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/2525530408022023e0104

Palavras-chave:

rock brasileiro, bolsonarismo, política

Resumo

O presente artigo busca demonstrar as disputas políticas que permeiam o cenário do rock brasileiro durante o período do bolsonarismo, com o intuito de desmistificar a ideia de que o rock é inerentemente progressista. Para tanto, fundamentamo-nos nas reflexões do filósofo Douglas Kellner, especialmente no seu trabalho sobre a cultura da mídia e suas dicotomias. Ao adotar a perspectiva de Kellner, a pesquisa argumenta que o rock brasileiro, assim como outras formas de expressão cultural, não é intrinsecamente progressista ou conservador, mas sim um campo de disputa onde diferentes ideologias e interesses se manifestam. Através da análise dessas disputas políticas, o estudo contribui para um entendimento mais complexo e matizado do papel do rock no contexto sociopolítico brasileiro.

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Biografia do Autor

Amanda Muniz Oliveira, Universidade Federal de Juiz de Fora

Professora Adjunta de Prática Penal e Processo Penal na Universidade Federal de Juiz Fora. Advogada. Doutora em Direito Política e Sociedade pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC e Mestra em Teoria e História do Direito pela mesma Universidade. Coordenadora do Contra Legem: Núcleo de Estudos em Direito e Humanidades (UFJF/CNPq). Membro da Italian Society for Law and Literature, da Rede Brasileira de Direito e Literatura (RDL) e da Graphic Justice Research Alliance. Possui como temas de pesquisa: crítica feminista do direito (justiça reprodutiva; feminist jurisprudence/feminist legal studies) e os estudos de direito e literatura (law and literature; cultural legal studies; direito e cultura pop).

Rodolpho Alexandre Santos Melo Bastos, Universidade Estadual do Centro-Oeste

Professor Colaborador de História na Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (UNICENTRO) - Departamento de História. Doutor em História Global pela Universidade Federal de Santa Catarina (PPGH - UFSC). Mestre em História Social pela Universidade Estadual de Montes Claros (PPGH - UNIMONTES). Possui pós-graduação em Filosofia (2011/2012), graduação em História (2003/2007) e graduação (trancada) em Filosofia, todos, pela Unimontes. Vice coordenador do Contra Legem: Núcleo de Estudos em Epistemologia Jurídica (CNPq/UNIPAMPA). Integrante do MERIDIANUM: Núcleo Interdisciplinar de Estudos Medievais (CNPq/UFSC). Integrante do HUMANITAS: Núcleo de Pesquisa em Epistemologias, Práticas e Saberes Interdisciplinares (CNPq/UFSC). Integrante do projeto de extensão "Interlaced Strands: Mediterranean images and the south american pathos". Membro da Associação Nacional de História (ANPUH). Membro da Sociedade Brasileira de Teoria e História da Historiografia (SBTHH). Pertence a equipe editorial da revista ANANKE - Revista Científica Independente ISSN - 2596-0180.Tem experiência na área de Filosofia e História nos seguintes temas: Epistemologia, Teoria da História e História Global. Imaginários Sociais, Estudos de Presença, Entrelaçamentos Culturais e Transtemporalidades; Recepção do Medievo no presente e Modelos de Feminilidades em Discursos Clericais Medievais; Narrativas Audiovisuais, Teoria da Imagem e Teoria do Cinema; Cinema Bíblico e Cinematografia Mariana.

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Publicado

2023-09-08

Como Citar

OLIVEIRA, Amanda Muniz; BASTOS, Rodolpho Alexandre Santos Melo. Disputas Políticas no Rock Brasileiro em Tempos de Bolsonarismo: desmistificando a Inerência Progressista do Rock a partir de Douglas Kellner. Orfeu, Florianópolis, v. 8, n. 2, p. e0104, 2023. DOI: 10.5965/2525530408022023e0104. Disponível em: https://www.periodicos.udesc.br/index.php/orfeu/article/view/23841. Acesso em: 27 abr. 2024.