Inclusão e acessibilidade estética

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/25944630812024e3973

Palavras-chave:

inclusão , acessibilidade, estética

Resumo

Este artigo apresenta análise sobre inclusão e acessibilidade estética em museus e exposições, tomando como ponto de partida os obstáculos para pessoas com deficiência entre o trajeto de sua moradia e a visita a uma exposição em museu. Para tanto, funda-se no que se entende por cidade moderna, tendo como referências a Reforma Haussmann de Paris, a Reforma Pereira Passos da cidade do Rio de Janeiro, o plano de avenidas de Francisco Prestes Maia para a cidade de São Paulo e a reforma projetada por Michell Whitley e Douglas Fox para Recife, capital pernambucana. Tal análise prossegue com estudo de caso sobre acessibilidade no Museu do Ipiranga pós a reinauguração que o tornou mais inclusivo e se encerra com reflexões sobre o que é acessibilidade estética.

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Biografia do Autor

Jose Minerini, Universidade de São Paulo

Pesquisaodr independente. Doutor em Artes Visuais pela ECA/USP com período sanduíche no Teachers College/Columbia University em Nova York; Mestre em Estética e História da Arte com Licenciatura Plena em Educação Artística. Pesquisador e autor de livros sobre História da Arte Moderna e Contemporânea, da Arte Brasileira e do Ensino/Aprendizagem da Arte no Brasil. 

Ana Amália Tavares Bastos Barbosa, Universidade de São Paulo

Ana Amália Tavares Bastos Barbosa é artista plástica e arte/educadora formada pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP/SP), em 1991. Também estudou História da Arte na Texas University at Austin, Design na School of Visual Arts e Litografia na Columbia University em New York/USA. É mestre pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Além disso também atuou na área de ensino de línguas, dando aulas de inglês e fazendo traduções simultâneas e escritas. É doutora pela ECA/USP, defendida em maio de 2012, e pós-doutora pela UNESP/SP em 2017. Em 2 de julho de 2002 teve um acidente vascular cerebral de tronco e como sequela adquiriu a síndrome do locked in, ou seja, ficou tetraplégica, muda e disfágica mas inteiramente consciente e com a cognição plenamente preservada.

Moacir José da Rocha Simplício, Universidade Estadual Paulista (Unesp)

Moa Simplício é doutorando em Artes pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) e mestre em Artes pela USP. Ao lado do trabalho com gravura e pintura também desenvolve atividades didáticas em artes. Foi professor no curso de Artes Visuais nas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU/SP). Atua como assistente de produção e consultoria para atendimento a pessoas com deficiência na Arteducação Produções (AEP) e tem integrado esse coletivo desde a sua fundação, em 2001. Atuou em vários projetos junto ao Ministério da Cultura, trabalhou com arte/educação em diversos locais e foi professor da oficina de artes visuais para deficientes no Centro de Reabilitação UNIBAN. Entre outras exposições, participou da Mostra Internacional de Mini Gravats, em Barcelona; e do Projeto Novas Imagens (Meridiano-Meridian), em Milão.

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Publicado

2024-02-19

Como Citar

MINERINI, Jose; BARBOSA, Ana Amália Tavares Bastos; SIMPLÍCIO, Moacir José da Rocha. Inclusão e acessibilidade estética. Revista de Ensino em Artes, Moda e Design, Florianópolis, v. 8, n. 1, 2024. DOI: 10.5965/25944630812024e3973. Disponível em: https://www.periodicos.udesc.br/index.php/ensinarmode/article/view/23973. Acesso em: 27 abr. 2024.