Tendências Pedagógicas Hegemônicas e a Formação do Pedagogo Professor de Arte

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/198431782122025047

Palavras-chave:

arte, pedagogo, tendência formativa

Resumo

Este estudo parte da compreensão da Arte como conhecimento e criação, considerando-a como uma forma de expressão e de manifestação da cultura historicamente produzida. Para tanto, se delimitou, como objeto de investigação, o estudo do ensino da Arte na formação do professor-pedagogo, tendo como base empírica dois Cursos de Pedagogia do estado do Tocantins, um de instituição privada e outro pública. O problema da pesquisa está na análise da perspectiva formativa presente no currículo destes Cursos de Pedagogia e se esta prioriza a formação humanizadora do professor pedagogo. A pesquisa teve por objetivo refletir acerca das tendências pedagógicas hegemônicas presentes no currículo de formação do professor-pedagogo. No decorrer da investigação, ao adotar o método do materialismo histórico-dialético, para a pesquisa bibliográfica e documental, combinaram-se as abordagens sociopolítica e educacional com a análise do ensino da Arte nos referidos Cursos. Na pesquisa constatou-se que os cursos priorizam a formação técnica para o desenvolvimento das “habilidades e competências”, fundamentadas no ideário da Pedagogia do “aprender a aprender” que se tornou hegemônica na educação nacional. A perspectiva adaptativa e conformativa tem influenciado a própria concepção do que é o curso de Pedagogia e, por extensão, interfere no campo específico da educação artística.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rosemeri Birck, Universidade Federal do Tocantins

 

                                                                                                   

Referências

APESAR de gostar de ciências, estudante vai mal no Pisa. 2016. Recuperado de http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/389-ensino-medio-2092297298/42781-apesar-de-gostar-de-ciencias-estudante-vai-mal-no-pisa. Acesso em: 03 fev. 2023.

ASSUMPÇÃO, M. C. Educação Escolar e Individualidade: fundamentos estéticos da pedagogia histórico-crítica. Tese (Doutorado em Educação Escolar) – Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar. Araraquara: Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista, 2018.

BARBOSA, A. M. Tópicos Utópicos. 2.ª ed. Belo Horizonte: C/Arte, 2007.

BARBOSA, A. M. Dilemas da Arte/Educação como mediação cultural em namoro com as tecnologias contemporâneas. In: BARBOSA, A. M. (Org.). Arte/Educação contemporânea: consonâncias internacionais. 2.ª ed. São Paulo: Cortez, 2008, p. 98-112.

BARBOSA, A. M. Mudanças na Arte/Educação. 2010. Disponível em:

https://texsituras.files.wordpress.com/2010/04/anamae.pdf. Acesso em: 7 jan. 2021.

BARBOSA, A. M.; COUTINHO, R. G. Ensino de Arte no Brasil: aspectos históricos e metodológicos. São Paulo: UNESP/Redefor, 2011.

BRASIL. Lei n.º 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4024.htm. Acesso em: 20 ago. 2022.

BRASIL. Lei n.º 5.692 de 11 de agosto de 1971. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional para a educação básica. Disponível em: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1970-1979/lei-5692-11-agosto-1971-357752-publicacaooriginal-1-pl.html. Acesso em: 20 ago. 2022.

BRASIL. Lei n.º 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm. Acesso em: 2 out. 2022.

BRASIL. Parecer CNE/CP n.º 5 de 13 de dezembro de 2005. Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/pcp05_05.pdf. Acesso em: 17 dez. 2022.

DINIZ, D. C.; LIMA, F. C. Para Além da Desintelectualização do Pedagogo: uma crítica ao recuo da teoria na formação docente. Revista Eletrônica Arma da Crítica, v. 2, n. 2, 2010, p. 128-146. Recuperado de https://docplayer.com.br/14454417-Para-alem-da-desintelectualizacao-do-pedagogo-uma-critica-ao-recuo-da-teoria-na-formacao-docente.html. Acesso em: 06 abr. 2022.

DUARTE, N. Sociedade do Conhecimento ou Sociedade das Ilusões? Campinas/SP: Autores Associados, 2003. (Coleção Polêmicas do Nosso tempo).

DUARTE, N. Vigotski e o “Aprender a Aprender”: crítica às apropriações neoliberais e pós-modernas da teoria vigotskiana. 3.ª ed. Campinas: Autores Associados, 2004.

DUARTE, N. O Debate Contemporâneo das Teorias Pedagógicas. In: MARTINS, L. M.; DUARTE, N. (Org.) Formação de professores: limites contemporâneos e alternativas necessárias [online] São Paulo: Editora UNESP, 2010a, p. 32-49. Recuperado de https://books.scielo.org/id/ysnm8. Acesso em: 06 abr. 2022.

DUARTE, N. A Pesquisa e a Formação de Intelectuais Críticos na Pós-graduação em Educação. In: DUARTE, N.; DELLA FONTE, S. S. Arte, Conhecimento e Paixão na Formação Humana: sete ensaios da pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores Associados. 2010b, p. 59-78.

DUARTE, N. Conhecimento tácito e conhecimento escolar na formação do professor (por que Donald Schön não entendeu Luria). In: DUARTE, N.; DELLA FONTE, S. S. Arte, Conhecimento e Paixão na Formação Humana: sete ensaios da pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores Associados. 2010c, p. 7-37.

FALLEIROS, I.; PRONKO, M. A.; OLIVEIRA, M. T. Fundamentos Históricos da formação/atuação dos intelectuais da nova pedagogia da hegemonia. In: NEVES L. M. (Org.) Direita para o Social e Esquerda para o Capital. São Paulo: Xamã, 2010, p. 39-95.

FERRAZ, M. H.; FUSARI, M. F. Arte na Educação Escolar. São Paulo: Cortez, 2010.

FREIRE, L. M.; RAMON, P. C. R.; FAUSTINO, R. C. Políticas de Interculturalidade na Educação Escolar Indígena: o Rcnei e o ensino de artes visuais. Políticas Culturais em Revista, Salvador, v. 10, n. 2, p. 246-268, jul./dez. 2017. Disponível em: https://portalseer.ufba.br/index.php/pculturais/article/view/23684. Acesso em: 13 nov. 2022.

GOMIDE, D. C.; JACOMELI, M. R. O método de Marx na pesquisa sobre políticas educacionais. Políticas Educativas, v. 10, n. 1, 2016, p. 64-78.

HARVEY, D. Condição pós-moderna. 4.ª ed. São Paulo: Loyola, 1994.

HERNÁNDEZ, F.; MONTESERRAT, V. A organização do Currículo por Projetos de Trabalho. 5.ª ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.

IAVELBERG, R. Para Gostar de Aprender Arte: sala de aula e formação de professores. 2.ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.

MALANCHEN, J. A Pedagogia Histórico-Crítica e o Currículo: para além do multiculturalismo das políticas curriculares nacionais. 2014. Tese (Doutorado em Educação Escolar). Araraquara: Universidade Estadual Paulista (UNESP).

MINTO, L. W. A Educação da Miséria: particularidade capitalista e educação superior no Brasil. São Paulo: Outras Expressões, 2014.

OSINSKI, D. Arte, História e Ensino: uma trajetória. 2.ª ed. São Paulo: Cortez, 2002.

PERRENOUD, P. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artes Médicas,1999.

RAMOS, M. Concepções e Práticas Pedagógicas nas Escolas Técnicas do Sistema Único de Saúde: fundamentos e contradições. Revista Trab. Educ. Saúde, v. 7, suplemento, 2009, p. 153-173. Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/tes/v7s1/08.pdf. Acesso em: 22 ago. 2023.

ROSSLER, J. H. Sedução e Alienação no Discurso Construtivista. Campinas: Autores Associados, 2006.

SAVIANI, D. Escola e Democracia. 37.ª ed. Campinas: Autores Associados, 2005.

SAVIANI, D. História das Ideias Pedagógicas no Brasil. 3.ª ed. Campinas: Autores Associados, 2007.

SMITH, R. Excelência no Ensino da Arte. In: BARBOSA, A. M. (Org.). Arte-Educação: leitura no subsolo. 6.ª ed. São Paulo: Cortez, 2005, p. 97-111.

TARDIF, M. Saberes profissionais dos professores e conhecimentos universitários. Revista Brasileira de Educação, n. 13, 2000, p. 5-24. Recuperado de http://educa.fcc.org.br/pdf/rbedu/n13/n13a02.pdf. Acesso 22 ago. 2023.

TRIGO, L. A Grande Feira: uma reação ao vale-tudo na arte contemporânea. Rio de Janeiro: Record, 2009.

Downloads

Publicado

18-12-2025

Como Citar

BIRCK, Rosemeri. Tendências Pedagógicas Hegemônicas e a Formação do Pedagogo Professor de Arte. Revista Educação, Artes e Inclusão, Florianópolis, v. 21, n. 2, p. 047–071, 2025. DOI: 10.5965/198431782122025047. Disponível em: https://www.periodicos.udesc.br/index.php/arteinclusao/article/view/25235. Acesso em: 19 dez. 2025.